quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Escrita livre: Limpando a mente.

Perdoando Deus, é isso que tenho feito, esse conto fala tanto sobre mim que nem sei como não tem meu nome.
É engraçado, eu me fundo as pessoas das quais eu gosto. Aos poucos vou gostando do que elas gostam e falando como elas, rindo como elas... Se isso é saudável? Acho que não. Mas não sei, só sei que sou assim
Eu preciso parar de gostar de ficar triste.
Mas a tristeza me inspira.
É isso.
O que posso fazer?
Sem você. Sem Ninguém.
Eu não devia ouvir Fresno escrevendo. Isso me deixa muito emocional. Como se eu conseguisse não ser emocional. Não há paz.
Não ha paz. Não há.
Estranho como tudo volta pra ele.
Ele consome minhas energias.
Eu devia larga-lo.
Mas foi tão ruim  da última vez. Como vou aguentar aquilo de novo.
Eu mudei, eu sei, tenho mais pessoas que entendem essa situação do meu lado.
Mas é como cair de precipício.
Toda vez que penso nisso. Nenhuma coisa na minha vida é certeza como ele é.
Nenhuma
É triste.
Mas é verdade.
Eu sei que isso é problemático. Eu sei. Eu talvez devesse procurar um psiquiatra.
Eu imagino ele lendo isso, pensando em como sou dramática.
Ele entende? Talvez.
Ele não entende como será difícil deixa-lo.
Ele acha que eu me viro bem sem ele.
Mas não é bem assim.
Nunca é.

Estou com medo.
Medo de acabar e não achar alguém que preencha esse lugar que ele deixará na minha vida.
Ele me faz mal as vezes, mas me faz bem como ninguém.
Como lidar com tudo isso?
Onde acho um manual de instruções para vida? Cansei de ir por ai atrás de respostas. Elas existem? Não sei. Não sei de nada.
O que fazer com toda essas ideias que não sei colocar na prática e todo esse sentimento e todo esse desespero?
Não sei não sei não sei não sei não sei
nem escreve-los eu sei.

Oh Deus, por que me abandonaste?
Por que? Se sabia que eu não era Deus,
O homem atrás do óculos e dos bigodes
Drummond Drummond
Poesia é foda.
As vezes diz tudo, as vezes diz menos do que eu queria que dissesse.
Eu fui pra Minas. E Minas ainda há.
Fiquei aliviada.
A estrada é boa. Eu viveria nela. Quando estamos lá nada importa.
Eu viveria e morreria na BR 341
Eu não sei se é esse número certo. Mas estamos aí.


quero coisas que eu não sei o nome
não quero coisas que não sei como pronunciar
como lidar com todo esse querer
como? como?
NÃO SEI
NÃO SEI
NÃO SEI

(mais sobre escrita livre no link)

Um comentário:

  1. Não sabes, que importa? Que importa se sabes? Pensa que quando sabias, o mais certo era incerto, náo sabias ainda que eu existo, não?
    Não prendas o coração.

    ResponderExcluir