Depois de passar 20 dias sem celular, criei em mim mesma uma ilusão de com ele eu me sentiria menos sozinha.
Mas nem todas as mensagens do whatsapp ou notificações de aplicativos diversos preenchem o vazio desse apartamento quando o sol se põe.
Você sente como se precisasse falar com alguém e até pensa em algumas pessoas específicas, mas no fundo sabe que ou elas não se importam ou não saberiam dizer a coisa certa. Então você olha pela janela, acende um cigarro talvez, e espera uma chuva que não quer cair. Basicamente, espera, espera algo que não se sabe muito bem o que, mas espera que quando ele chegar, a espera termine e o vazio do apartamento escuro (não há necessidades de luzes se só está você aqui) se preencha desse algo.
Mal sabemos, ou talvez simplesmente não ousamos admitir que esse vazio não está fora, vem de dentro, onde algo grita bem alto "ninguém se importa" e mais uma vez você pensa em um cigarro, para tentar, em vão, silenciar a voz.
Todo o tempo perdido, as horas que foram deixadas pra trás, as respostas que nunca vamos encontrar.
quarta-feira, 21 de janeiro de 2015
Sobre a insignificância.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário