quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Paulicéia desvairada.

São Paulo é uma poesia triste, fria e satânica.
Mas é bela.
Paulistas são frios, tristes e satânicos.
Mas são belos.

Quando a garoa cai e as luzes acendem,
você acende um cigarro e pensa:
"Caralho" do alto de um arranha-ceú.
Arranha-ceú machuca o ceú?

Minha relação com São Paulo é uma chuva de clichês.
Chuva não, garoa.
Ah...

São Paulo é um labirinto místico, já dizia o poeta paulista.
Pra mim é um poço.
De sentimentos, pessoas, feíura e beleza.


(Escrito da janela do 1606 do Ed. Fortuna, Rua Santo Amaro. Em algum lugar em dezembro de 2011. Descoberto no sofá do 1606 do Ed. Fortuna, Rua Santo Amaro. Hoje.)

2 comentários:

  1. São Paulo
    Tão feia e tão bonita
    Que só confunde a visão.

    Deixo aqui o convite: http://www.palavreandome.blogspot.com.br/2012_08_01_archive.html

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Gostei muito do poema. São Paulo é lar dos paradoxos.

      Excluir